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Jornal Eletrônico FMV: Ex-Alunos, Atlética e DA

Alunos por um tempo, ex-alunos para sempre

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Quem Somos

Breve História da Associação

Agradeço a oportunidade de contar pra vcs, “Como tudo começou” e o que representa hoje a Associação dos ex alunos da FMV.

Ao iniciar esse relato histórico e que, me emociona muito, rogo a atenção dos Srs. para algumas considerações referentes à importância de uma Associação de ex alunos da FMV.

O que realmente nos moveu na criação da Associação e continua movimentando nossas vidas em torno dela é, acima de tudo, o orgulho de ter pertencido a uma Instituição idônea, longe de nossos lares e nada mais natural, pois naquele período muito se aprendeu, amizades foram feitas, destinos foram traçados. Tudo passa a fazer parte da “nossa” história.

E, uma prova de que esse amor não acaba, foi a criação da nossa Associação de ex alunos da FMV, dando continuidade à uma relação que é muito mais que institucional, ela se identifica com um vínculo definitivo… com a sua “alma mater” 

O ser humano precisa ter raízes, referências, sensação de pertencimento, fatores essenciais para exercermos o existencialismo e buscar a felicidade.

Sair do nosso isolacionismo para interagir com seus iguais, reciclar seus conhecimentos gerais e médicos.

Nos Estados Unidos encontra-se a mais antiga associação deste tipo, que é a Harvard Law School Association, com 38 mil filiados em todo o Mundo.

Diante disso, perceberemos que não foi o acaso que fomos aportar em Valença.

Temos raízes iguais e isso nos identifica.

Nos três anos anteriores ao meu , o vestibular de medicina de Valença era unificado com o vestibular de medicina das faculdades de São Paulo, o meu ano de vestibular (1971) foi o primeiro com as faculdades do Rio de Janeiro. 

Isso é importante para saber como foi moldada a minha vida universitária e minhas pretenções futuras.

Sou formada em 1977, nessa época foi o auge de dividir a medicina em especialidades, diferente da visão de atenção básica que se tem hoje. Então estava sempre muito dentro do ambulatório de oftalmologia da faculdade, que na época funcionava todos os dias, com muitas cirurgias também. O chefe do serviço era Dr Morizot e mantinha um serviço de residência em oftalmologia no Instituto Benjamim Constant, na Urca no Rio de Janeiro. Quase todos os residentes eram ex-alunos de Valença e iam cada dia da semana um para atender o ambulatório. 

Em tempo: Mesmo estudando em Valença, fora da Cidade do Rio de Janeiro, havia uma verdadeira “ocupação “ dos hospitais do Rio, por alunos de Valença.

Em todos os Serviços e Emergências, estávamos lá.

Conversava muito com ex-alunos e como estava sendo sair da bolha de conforto que era estudar em Valença, pois estando localizada fora da capital o convívio entre nós era mais intenso do que os alunos de faculdades de cidades maiores.Minha residência também foi assim, sempre em Valença com vínculo familiar no Rio, mas querendo me estabelecer fora de grandes centros, e não ter um contato profissional fora do Rio era assustador.

Em conversa lá na praça em frente ao Vicente com um ex-aluno , ex residente do Dr Morizot , fiquei muito atenta ao relato de suas experiências iniciais na profissão em São Paulo. 

Ele contava do corporativismo entre os médicos das mesmas faculdades ao ingressar no trabalho, através de seus ex-alunos, por exemplo a USP, tem a associação dos ex-alunos desde 1930. E assim o desafio estava lançado na minha cabeça. 

Esbocei um estatuto, me reuni com os alunos que iriam se formar nesse ano e que sempre foram muito presentes em todos os eventos dentro de Valença a todos as atividades extra curriculares.

Assim, registrado em cartório fundamos a associação dos ex-alunos da FMV -RJ, que mantém encontros anuais ininterruptos há 40 anos.

O que foi acrescentado ao longo desses anos que tornou a associação nossa e não mais com as minhas necessidades pessoais?

Qual a necessidade atual desse vínculo em cada um com a Faculdade? 

Hoje aprendi que não é só ser da turma de 77 ou residente do Morizot que importa. 

Toda essa convivência com ex-alunos e como nos reconhecemos quando estamos fora de Valença e como rapidamente voltamos aos bancos escolares e nos recarregamos quando estamos num encontro da associação em Valença, com essa necessidade em ebulição que se torna emergente de passar isso para os atuais alunos.

“Alunos por um tempo, ex-alunos para sempre”

Foi acrescentado ao nosso coração, vindo através de um inspirado filho de um ex-aluno. 

Se tivesse uma caixa para ser enterrada e aberta num futuro pós apocalíptico era isso que eu deixaria.

Vera Mattos – Da Oftalmo – Turma 77