Depoimento de um profissional que estudou em uma faculdade do interior do Rio de Janeiro: Valença.
Bom, em depoimento anterior escrevi sobre a aventura de ir para o interior após classificação do vestibular e coloquei diversas situações de uma vida em uma cidade do interior a qual me foi muito agradável.
Hoje, resolvi escrever sobre a situação da cidade após a instalação da faculdade em referência aos profissionais existentes.
Vamos lá. Em 1969 na cidade ainda prevalecia o atendimento de clínicos gerais e a família Capobianco, de origem italiana era a única que dava assistência á população. Lembro do Dr Lourenço, pessoa muito tranquila, acessível, sempre disposto a ouvir a todos.
E seu irmão, Dr César, pessoa sempre alegre, muito comunicativo, conversava muito com ele sobre vinhos e me prometia a beber um vinho. Infelizmente não deu tempo para isso. Pessoa muito religiosa. Fui seu aluno na faculdade e como ele era muito emotivo, bastava elogiá-lo em aula que começava a chorar(muito típico de italianos. Minha mãe também era assim: chorava por tudo). Lembro de terem me contado que cada vez que o Dr César iniciava um parto, chorava e pedia para rezar. Minha agradável lembrança de dois profissionais que exerceram um grande conceito do sacerdócio médico. Através deste depoimento desejo agradecer à dois profissionais que souberam incutir na minha mente o verdadeiro fundamento do “ser médico”.
Que seus familiares tenham a certeza do meu agradecimento pelos conhecimentos adquiridos pela experiência desses dois profissionais.
Na época só existiam na cidade à família Capobianco, família Pentagna (da qual comentarei mais adiante), um anestesista já falecido Dr Zappa e Dr Homero.
Agradeço à turma de 1973 que aumentem esses depoimentos como o fez Dr Raul da turma inicial 1973. Gde abrç à todos
Maravilha este depoimento e testemunho dos primórdios da FMV. Fui a Valença pela primeira vez em fevereiro de 1970, aos 10 anos de idade, para as Bodas de Ouro de meus tios avós Andrade Meirelles. Optei pela FMV pois já tinha familiares nesta adorável cidade que equivale no estado fluminense a minha Pindamonhangaba no Vale Paulista, com seus barões e viscondes do áureo tempo do café. Que venham outros belos relatos como este do colega Villani. Abraço a todos!